MASF e a DSPC/DRAC: A FLOR E A CIDADE (III)

Figura 1 - A turma no contexto da sala de aula da disciplina de Educação Visual.

Depois de termos visto a parte I e a parte II deste projecto educativo realizado em parceria entre instituições, exporemos aqui a continuação da actividade realizada no contexto escolar.
Assim, na escola Básica dos 2º e 3º Ciclos dos Louros, no Funchal, foi dado início ao projecto artístico colectivo que consistiu na realização de um painel cuja composição final tinha como objectivo a organização e a junção dos trabalhos desenvolvidos, individualmente, por cada um dos alunos, num painel colectivo final destinado à colocação numa das paredes da sala de aula. 

O trabalho individual partiu da exploração do desenho retirado do painel de azulejaria do MASF, segundo as orientações fornecidas na folha de trabalho.
Nesse seguimento, o pormenor recolhido serviu como módulo para, através das técnicas de repetição, simetria ou irradiação, os alunos criaram o seu padrão.
Posteriormente, aplicaram aos seus desenhos a teoria da cor, experimentado as harmonias cromáticas e outros aspectos como o contraste entre cores quentes e cores frias.

Figura 2 - Um aluno completando a grelha da folha de acordo com a repetição do módulo.
Figura 3 - Um aluno finalizando, com desenho a grafite, o seu padrão que, por sua vez,  é resultante da rotação do módulo por si escolhido.
Figura 4 - Uma aluna fazendo o estudo de cor depois de ter estabelecido a composição final do seu padrão. 
Figura 5 - Estudo de cor de um padrão quase finalizado. 

Durante as aulas seguintes, o trabalho prático de desenho apresentado nas imagens anteriores, evoluiu para o exercício da pintura.
Cada aluno transferiu o seu desenho para uma tela de 30x30 cm e trabalhou-o segundo a técnica da pintura a acrílico. 
À medida que os padrões eram pintados simulou-se, algumas vezes (Figura 14) a composição final do painel. Os alunos poderiam, assim, perceber que os trabalhos que estavam a desenvolver separadamente, seriam convocados num trabalho colectivo final, cuja composição dependeria muito de questões de harmonia entre o todo e a parte e outros conceitos como o de peso visual e outros princípios de organização formal.
 
Figura 6 - Estudo de cor de um padrão e a passagem do desenho do padrão para a tela.
Figura 7 - Uma aluna a pintar a sua tela. 
Figura 8 - Uma outra aluna pintando a sua tela. Nota-se a predominância das cores quentes neste trabalho.
Figura 9 - Duas alunas trabalhando nas sua telas.
Ao contrário do trabalho reproduzido na figura 8, estas telas estão pintadas com a predominância de cores firas e complementares. 

Figura 10 - Um aluno a esfumar a tinta utilizando a ponta de um pano de limpeza. 

Figura 12 - Composição de uma tela em processo de trabalho. Note-se que a repetição do módulo deu-se por rotação e originou uma forma dinâmica de grande simetria. 
Figura 13 - Na composição do padrão desta tela consegue-se identificar uma certa reminiscência da figuração barroca do painel de azulejaria do Museu de Arte Sacra do Funchal de onde o módulo partiu. 
Figura 14 - Ensaio da composição do painel colectivo, em cima de duas mesas da sala de aula.

Em toda esta fase de trabalho na sala de aula os alunos estiveram ocupados numa criação plástica bidimensional. Grande parte dos conteúdos explorados na sala de aula prenderam-se com questões de composição formal, estudo da cor e introdução à técnica da pintura acrílica.

A fase final deste projecto será exposta no próximo post e consiste numa reflexão final que englobará todas as fases pela qual o grupo-turma passou durante o projecto colectivo e as as possíveis relações analógicas com a arte contemporânea, pela via do processo de trabalho implícito a este projecto. 
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Créditos fotográficos:
Figuras 1; 5 a 14 - Martinho Mendes
Figuras 2, 3 e 4 - Valéria Salgueiro

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